Quantas horas ficamos presos em congestionamentos por dia? Pesquisas apontam que, no Brasil, levamos em média duas horas e vinte e oito minutos por dia para nos deslocar. Mas e se o nosso escritório pudesse ser em qualquer lugar?

Os modelos tradicionais de trabalho estão ficando para trás e os formatos mais flexíveis como o home office são realidade. Essa forma de cumprir o expediente tornou-se viável por conta do avanço da tecnologia.

Empresas se conectam no mundo todo por meio de ferramentas. Elas ainda compartilham documentos, informações e arquivos em nuvem ou cloud. Recentemente lendo o Relatório do Futuro da Força de Trabalho (Future Workforce Report), me deparei com o número que aponta que cerca de 63% das empresas globais, já têm colaboradores remotos.

Outra pesquisa inédita realizada pela BroadSoft mostra que, até 2020, mais da metade das empresas já terão adotado sistemas de comunicação unificada em nuvem.

Recentemente com a greve dos caminhoneiros as empresas que tiveram menor impacto são aquelas que já possuem estruturas baseadas em cloud. Tivemos, na ocasião, 30% de toda nossa estrutura atuando de casa, acessando arquivos, utilizando seus ramais telefônicos por meio de seus smartphones e da tecnologia que estrutura toda a empresa na nuvem.

Percebemos no mercado brasileiro um crescimento de 90% da utilização de tecnologia cloud nos últimos dois anos. Fator que permite maior mobilidade e entrega de métricas de performance, além de facilitar a comunicação e proporcionar melhoria da qualidade das estruturas corporativas, a nuvem também permite que as empresas se beneficiem com talentos que estão fisicamente longe da sede.

Não há como fugir, a tecnologia nos impulsiona a mudar. E essas mudanças são produtivas a toda a cadeia: às empresas que conquistam economia, não apenas porque a nuvem gera redução de custos, mas também, porque com parte da equipe em home-office é possível ter uma estrutura física mais enxuta. Por outro lado, o profissional é beneficiado por ter mais liberdade em seus horários.

Ou seja, um mercado mais feliz, mais econômico e produtivo, isso sem contar os impactos ambientais, diminuindo deslocamento de carros nas ruas.

Paulo Chabbouh é CEO da L5 Networks