A entidades reforça a necessidade de mudanças no sistema atual, mas rejeita o projeto que penaliza com aumento de impostos  o agronegócio

A proposta de reforma tributária feita pelo governo do Rio Grande do Sul tem desagradado um grupo de entidades do agronegócio liderado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag).

As entidades reforçam a necessidade de mudanças no sistema atual, mas, o projeto penaliza com aumento de impostos um setor fundamental da economia do Rio Grande do Sul. Em entrevista ao Canal Rural desta sexta-feira, 28, o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, explicou como isso pode impactar no setor.

“Nós temos propostas de reforma tributária pelo país e no Rio Grande do Sul não é diferente. Vivemos um tempo de gastança pública, com muitos aumentos, fizemos concursos e demos privilégios inaceitáveis e agora é preciso pagar a conta. Como todos sabemos, o estado não gera riqueza e a sociedade, como de costume, está sendo chamada a pagar a conta”, disse.

Segundo ele, alguns pontos da proposta são positivos, mas outros são bem negativos. “Nós entendemos que a reforma tributária precisa ser como no comércio exterior, onde se exporta e importa dos parceiros. Então, no caso dos tributos, é impossível apenas baixar os tributos. É muito difícil o problema. Não é assim que a Farul pensa, não vamos aos extremos, mas tem pontos para nós que são indiscutíveis, como tributar insumos agropecuários, como agroquímicos, fertilizantes e sementes, que geram um impacto na cadeia produtiva e sobretudo para os produtores rurais muito maior do que tributar a cesta básica, pois eleva os custos de produção”, finalizou.