Para Fernando Facury Scaff, caso a proposta seja levada adiante, as pessoas que ganham de dois a dez salários mínimos terão de pagar o custo, se não tiverem gastos com saúde e educação para abater
Fernando Facury Scaff, professor titular de Direito Financeiro do Departamento de Direito Econômico, Financeiro e Tributário da Faculdade de Direito da USP, diz que “essa proposta é um erro. Primeiro, porque aumenta a arrecadação e, por outro lado, por que vai determinar um reforço de fiscalização por parte da Receita Federal. O que era uma situação automática, corte linear de 20% de despesas, será muito mais incrementado na parte da fiscalização, criando um contencioso de pequeno tamanho que não tem paralelo, o que é ruim para todos os lados”.
A mudança ainda não está em vigor, precisa antes passar pelo Congresso, que, na opinião do professor Fernando Scaff, está mais atento à proposta. “Acho que o Congresso é mais sensível a essas mudanças e dificilmente isso prosperará.”