O governo japonês elevou o imposto sobre o consumo de 8% para 10% nesta terça-feira, 1, o que fez aumentar as preocupações sobre o já frágil ritmo de crescimento da economia do país.
Autoridades do governo afirmaram que medidas foram tomadas para minimizar o impacto da elevação da taxa, que entrou em vigor imediatamente. Em outras duas ocasiões, aumentos do imposto sobre consumo resultaram em recessões: em 1997, quando a alíquota passou de 3% para 5%, e em 2014, quando foi fixada em 8%.
O aumento efetivado nesta terça fora adiado duas vezes pelo primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, mas era considerado inevitável por causa dos crescentes custos para a assistência aos idosos e da dívida nacional, que também segue curva ascendente.
Após décadas de déficits fiscais que elevaram a dívida para mais do que o dobro do PIB do país, Abe prometeu equilibrar as contas até 2025 – o que exige um crescimento saudável da economia até lá.
O PIB japonês apresentou expansão anualizada de 1,8% no período entre abril e junho, um ritmo acima do esperado. Mas as exportações em desaceleração e o aumento na cotação do petróleo devem fazer com que o ritmo de crescimento do PIB não se mantenha nos próximos meses.
O aumento do imposto sobre o consumo afeta principalmente bens e serviços como roupas, eletrônicos, tarifas de transportes e serviços médicos. O governo atuou para suavizar o impacto da medida com isenções para a compra de carros e residências. O consumo de itens essenciais por famílias de baixa renda também não foi afetado.
"Vamos fazer esforços para eliminar qualquer risco de uma virada para baixo da economia", disse o chefe de gabinete de Abe, Yoshihide Suga.
Fonte: Associated Press.