Federação da agricultura do estado calcula aumento de 25% nos custos de produção; agricultor deverá arcar com mair parte do prejuízo
Os produtores de Santa Catarina devem sofrer com custos mais altos na agricultura a partir de agosto. Isso porque na quinta-feira, 1º, o governo estadual vai começar a cobrar 17% de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre insumos agrícolas como inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas, desfolhantes, dessecantes, espalhantes, e adesivos.
“A maioria dos estados brasileiros mantém a isenção de impostos – especialmente o Paraná e Rio Grande do Sul – o que deixará o produto catarinense em desvantagem no mercado”, disse em comunicado o presidente da entidade, José Zeferino Pedrozo.
A Faesc calcula que o custo de produção no estado aumentará em torno de 25% e será suportado quase que totalmente pelo produtor rural. “Será praticamente impossível repassar esse custo ao preço final porque, no mercado, circulam produtos de outros estados que têm situação tributária mais favorecida”, disse.
“O governo do estado vai provocar a inflação nos preços dos alimentos, inviabilizar algumas cadeias produtivas, causar desemprego e provocar queda nas exportações catarinenses”, afirma.
Para Alexandre Di Domênico, presidente da Aprosoja-SC, a medida pode elevar ainda mais os custos finais dos produtores, que segundo ele, está cada dia maior. “Santa Catarina vai ficar com uma carga tributária no setor agrícola muito grande e pesada. Pode-se estimar que essa medida possa impactar em até 12% custo final da lavoura. E isso também vai afetar o produto final, até porque toda a cadeia da agroindústria catarinense não está contente com essa mudança”, afirma ele.
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Por Canal Rural