Competitividade
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O Galpão Crioulo do Palácio Piratini sediou, nesta segunda-feira (9), uma apresentação do cenário gaúcho do Ranking de Competitividade dos Estados 2019. Produzido pelo CLP – Centro de Liderança Pública, o levantamento analisa as 27 unidades federativas sob a ótica de 69 indicadores, distribuídos por 10 pilares fundamentais para a eficiência da gestão pública: sustentabilidade ambiental, capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, solidez fiscal, segurança pública e sustentabilidade social.
O Rio Grande do Sul ficou em sétimo lugar no ranking geral – duas posições abaixo em relação ao ano anterior. O detalhamento foi feito ao governador Eduardo Leite, secretários e diretores de instituições estatais pelo gerente de Competitividade do CLP, José Henrique Nascimento, e pelo líder de Competitividade, Lucas Cepeda. A apresentação apontou onde o Estado está se destacando, como o setor de inovação, e quais seus maiores desafios, sendo a situação fiscal o principal deles.
Conforme Nascimento, o Rio Grande do Sul tem um Produto Interno Bruto (PIB) alto na média nacional, mas a baixa capacidade de investimento (2,92% da Receita Corrente Líquida – RCL), o déficit primário e nominal, somado à baixa solvência fiscal, ao elevado gasto com pessoal (104% da RCL) e à baixa capacidade de poupança, fazem o Estado ocupar a última colocação no ranking no pilar Solidez Fiscal. Neste sentido, segundo o governo gaúcho, a aprovação das mudanças já encaminhadas pelo governo à Assembleia Legislativa representará 15% de redução do déficit previdenciário em 10 anos.
O Ranking é uma ferramenta que avalia o desempenho dos governos estaduais e auxilia os líderes públicos a diagnosticar e elencar prioridades de gestão. Desde seu início, em 2011, conta com o apoio técnico da Economist Intelligence Unit e, desde 2015, passou a ter a colaboração da Tendências Consultoria Integrada.
Neste sentido, novas reuniões estão agendadas da equipe do CLP com as secretarias de Governança e Gestão Estratégia e de Planejamento, Orçamento e Gestão. "Essa ferramenta (o ranking) vai ajudar o governo nas diversas frentes da sua atuação na busca por melhorias e oferecer melhor qualidade de vida à população. Poderemos alinhar nossa estratégia e fazer as eventuais correções de rumos necessárias. Com esses dados em mãos, temos, agora, de fazer a lição de casa", afirmou Eduardo Leite.
A secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, explicou que as informações do ranking de competitividade já são consideradas para a formação de políticas do governo do Estado. "O monitoramento das ações internas é fundamental para sabermos se as nossas medidas estão tendo o resultado desejado e que, daqui a três anos, tenhamos deixado um legado de mudança no Estado", afirmou Leany.
Assim como na edição anterior, São Paulo segue na primeira colocação no Ranking de Competitividade dos Estados. Da mesma forma, Santa Catarina permaneceu na segunda posição, Distrito Federal, na terceira e Paraná, na quarta. Entre as unidades da federação que ganharam posições em relação à edição de 2018, se destacaram os estados de Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe.
Jornal do Comércio