Entenda como a MP da Liberdade Econômica muda vida de empresa e trabalhador
O Projeto de Lei 3129/19 atualiza os valores da tabela e das deduções aplicáveis à tributação do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), reduz as alíquotas de tributação desse importo para pessoas jurídicas, institui tributação sobre lucros e dividendos e revoga a possibilidade de a empresa distribuir aos sócios juros sobre o capital próprio.
A proposta está em tramitação na Câmara dos Deputados. “O projeto se alinha a objetivo de campanha do presidente Jair Bolsonaro de isentar do imposto de renda contribuintes com renda de até cinco salários mínimos, aliviar a carga tributária das empresas e tributar lucros e dividendos”, disse o autor, deputado Luis Miranda (DEM-DF).
Conforme o texto, a partir de 2020 estarão isentos os rendimentos mensais de até R$ 3.992, o equivalente atualmente a quatro vezes o salário mínimo (R$ 998). Na tabela progressiva, também cria uma alíquota de 37% para os rendimentos mensais acima de R$ 33.932,01, o equivalente a cerca de 34 salários mínimos.
A proposta prevê a cobrança de 20%, a título de imposto de renda, sobre os lucros e dividendos. “Essa oneração cobre omissão prejudicial na legislação, que permite que altas rendas sejam recebidas sem o pagamento de imposto – 67% dos rendimentos isentos declarados em 2017 correspondem a lucros e dividendos”, disse Miranda.
Para as pessoas jurídicas, o texto propõe a redução da alíquota de imposto de renda de 15% para 10%. Parte dessa redução para as empresas virá do aumento das alíquotas das pessoas físicas.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
- 'Agência Câmara Notícias'
- Reportagem – Ralph Machado
Edição – Rachel Librelon
5 formas de ser ágil em uma organização em crescimento
Manter a rapidez nos processos de uma empresa em crescimento pode ser um desafio; o especialista Jeremy Watson, da Gitlab, listou o que pode ajudar
Uma empresa em crescimento pode se deparar com uma série de situações novas. Resolvê-las rapidamente é importante para manter a competitividade num mercado que não para. Max Strand, Diretor Executivo da IG Corporate (distribuidora master da GitLab no Brasil), afirma que "As empresas cada vez mais buscam pela metodologia ágil ” e que “O crescimento da popularidade desta metodologia ocorre principalmente pela sua afinidade com o mercado atual, que é configurado pela transformação digital".
Não é fácil tomar decisões rápidas em empresas em crescimento
Mas, como ser ágil com eficiência no cenário de expansão? Jeremy Watson, gerente de produtos da Gitlab, listou 5 respostas para essa pergunta.
1. Tome decisões rápidas, mas conscientes
Usar os recursos disponíveis de forma eficiente e tomar ações antes dos concorrentes é fundamental. Para que isso aconteça é preciso evitar constantes pedidos de permissão, processo que atrasa tudo. Jeremy indica um sistema de decisões Tipo 1/Tipo 2, onde as ações irreversíveis que precisam de atenção especial são do Tipo 1 e passam por aprovação, e as ações reversíveis que fazem algo melhorar são as do Tipo 2, e podem ser colocadas em prática sem burocracia.
Em uma empresa em crescimento, muitas ações são classificadas como Tipo 1, podendo ser também do Tipo 2, agilizando assim os processos. Assim, saber classificar as ações é muito importante e determinante para o sucesso.
2. Contrate as pessoas certas
Muitas empresas (grandes e pequenas) já reconheceram a importância da forma de trabalho ágil e tentam colocá-la em prática, mas nem todas fazem da forma correta por contratar profissionais que tornam a prática mais uma mesa de apostas do que uma diferença competitiva.
Um bom profissional ágil deve entender que nem todo problema deve gerar um processo para resolvê-lo ou evitá-lo. Normalmente, processos adicionais tornam todas as ações mais ineficientes e o problema afeta apenas uma delas. A pergunta “O que perdemos ao introduzir esse processo?” deve ser feita sempre.
3. Mantenha as equipes pequenas e focadas
Para Jeremy, a ideia do crescimento da empresa estar diretamente ligado ao aumento dos processos não é o melhor caminho. Sem as equipes menores focadas nos próprios problemas, os interesses começam a ter conflitos e as tomadas de decisões passam a ser mais demoradas. A forma de evitar isso é manter as equipes pequenas e focadas.
4. Permita que as equipes façam seus próprios processos
A empresa pode ter equipes pequenas organizadas em times separados, mas se elas não tiverem a autonomia de atuação independente não adianta, já que a velocidade será perdida. Jeremy acredita que equipes diferentes possuem necessidades diferentes e que alguns processos funcionam melhor em determinados times – tudo pode ser baseado na personalidade das pessoas ou na maturidade do projeto.
5. Tenha certeza de que todos estão na mesma página
É importante que todas as pessoas envolvidas no processo entendam que a palavra “ágil” não é apenas mais um termo chique utilizado no mercado, mas algo muito importante para o sucesso da empresa. O dono da empresa, o presidente, e quem estiver no comando deve saber todos os passos do processo ágil, fornecer as ferramentas e contratar as pessoas necessárias para ter sucesso. Até o melhor profissional precisa do apoio dos executivos.
Link deste artigo: https://economia.ig.com.br/empresas/2019-08-19/5-formas-de-ser-agil-em-uma-organizacao-em-crescimento.html
11 coisas que 'pessoas inteligentes' nunca dizem no trabalho
Ainda que verdadeiras ou aparentemente inofensivas, há certas falas que devem ser evitadas no seu trabalho.
Essa é a premissa fundamental de Travis Bradberry, coautor do livro Inteligência Emocional 2.0 e cofundador da consultoria americana TalentSmart.
"Não importa o quão talentoso você seja, ou o que você conquistou. Existem certas frases que mudam instantaneamente a maneira como as pessoas o veem", argumenta Bradberry à BBC, dizendo que às vezes uma fala pode prejudicar a carreira profissional de uma só vez.
"O pior é que não há como se retratar", diz Bradberry à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Estas falas vão além de comentários indevidos, piadas impertinentes ou frases politicamente incorretas.
O autor identificou essas frases depois de trabalhar com clientes corporativos e testar a inteligência emocional de diversos trabalhadores.
"Quando a carreira de uma pessoa está arruinada, muitas vezes você vê essas coisas presentes em suas crenças ou ações."

Mas e então, a inteligência emocional pode ser treinada e os erros, evitados?
"Absolutamente. A área do cérebro responsável pela inteligência emocional é altamente flexível e se adapta à mudança", explica.
"Isso significa que você pode alterar seu cérebro e aumentá-la (a inteligência emocional) com esforço e prática."
Estas são as frases que uma pessoa inteligente não deveria dizer no trabalho, de acordo com Bradberry:
1. 'Não é justo'
Todos sabemos que a vida não é justa. Mas verbalizar isso pode fazer parecer que você acha que a vida deveria ser justa – parecendo uma pessoa imatura e ingênua.
É melhor que você se concentre nos fatos, mantenha uma atitude construtiva e deixe suas interpretações fora do ambiente de trabalho.
Você poderia dizer, por exemplo: "Vi que você designou a Paula para aquele projeto no qual eu estava interessado. Você poderia me dizer quais coisas você considerou na sua decisão? Eu gostaria de saber no que eu preciso melhorar".
2. 'Sempre foi feito assim'
As mudanças tecnológicas estão acontecendo tão rapidamente que até mesmo um procedimento existente há apenas seis meses pode se tornar obsoleto.
Esta frase faz com que você pareça preguiçoso e resistente a mudanças.

3. 'Sem problema'
Quando alguém te agradece ou te pede alguma coisa, não é uma boa ideia dizer "sem problema" – porque isso implica que o pedido feito a você pode ter sido... um problema.
Assim, pode parecer que a tarefa tenha sido imposta.
4. 'Talvez seja uma ideia boba... Vou fazer uma pergunta idiota'
Essas frases prejudicam sua credibilidade. Mesmo se a continuação da frase for uma ótima ideia, ela mostra uma falta de confiança em si mesmo – podendo levar as pessoas a também perderem a confiança em você.
5. 'Levará apenas cinco minutos'
Dizer isso enfraquece suas habilidades e dá a impressão de que você está fazendo as coisas muito rapidamente.
É melhor dizer que não demorará muito.
6. 'Vou tentar'
"Tentar" parece incerto e sugere uma falta de confiança na sua capacidade de realizar a tarefa.
7. 'É uma pessoa preguiçosa, incompetente, idiota'
Não há necessidade de falar mal dos colegas. Sempre haverá pessoas incompetentes ou desrespeitosas em qualquer trabalho e elas provavelmente serão conhecidas por essas características.
Se você não tem a opção de ajudá-los ou de demiti-los, então você não tem nada a ganhar criticando-os em público.
8. 'Isso não está nas atribuições da minha vaga'
Embora algumas vezes seja usada em termos sarcásticos, essa frase faz com que você pareça alguém que quer fazer o mínimo possível para continuar recebendo o salário.
A menos que lhe peçam algo que você considera eticamente inapropriado, se você acha que o pedido vai além de sua responsabilidade, é melhor que você o realize com entusiasmo e depois peça uma reunião com seu chefe para discutir seu papel dentro da empresa e até onde vão as suas funções.

9. 'Não é minha culpa'
Se você tem uma parcela de responsabilidade em algo que deu errado, assuma-a.
Se esse não é o caso, dê uma explicação objetiva e racional sobre o que aconteceu. Atenha-se aos fatos e deixe seu chefe tirar as conclusões.
10. 'Eu não posso'
Ao dizer isso, as pessoas podem interpretar que no fundo você está dizendo "eu não farei".
Ofereça uma solução alternativa. Em vez de dizer o que você não pode fazer, é melhor destacar o que você pode fazer.
Em vez de dizer "não posso ficar até mais tarde", é melhor dizer "posso vir de manhã cedo".
11- 'Eu odeio esse trabalho'
A última coisa que alguém quer ouvir é outra pessoa reclamando porque odeia o trabalho.
Faz você parecer uma pessoa negativa e puxa a moral do grupo. Os chefes sabem que sempre há substitutos possíveis logo ali na esquina.
Sem projeto campeão, empresários criticam propostas da reforma tributária
Um dos obstáculos mais atacados é o fim dos incentivos fiscais dados pelos estados
Centenas de empresários e executivos ocuparam o salão de eventos de um grande hotel em São Paulo para ouvir as cabeças por trás do novo sistema tributário que está sendo cunhado no Congresso Nacional. Apresentaram-se o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ex-deputado Luiz Carlos Hauly, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e o economista Bernard Appy. Apesar de todo o cuidado e didática, os empresários saíram dali com um consenso: nenhuma das três principais reformas propostas resolvem o problema brasileiro, que é a simplificação. Além disso, eles temem que ela possa criar mais problemas do que resolver.
Um dos obstáculos mais atacados é o fim dos incentivos fiscais dados pelos estados. Ao menos, neste ponto, concordam com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que chama a guerra fiscal de “liberdade”. “Os estados que deem os benefícios que quiserem”, afirma Lírio Parisotto, dono da Innova. “Se a tributação foi toda igual para o país, toda a indústria virá para São Paulo. A Zona Franca de Manaus, onde está uma parte da minha empresa, precisa ser preservada”, conclui.
Flávio Rocha, maior acionista da Guararapes, empresa proprietária da Riachuelo, afirmou ter horror às propostas que sugerem a criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) no Brasil. “Têm três palavras que me tiram o sono: IVA, flat e destino”, diz. O projeto encaminhado por Appy e Rossi, e que tramita na Câmara, unifica três impostos federais (IPI, PIS e Cofins), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS) para criar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), um IVA modernizado. Esse imposto teria tarifa única (flat) e seria cobrado do consumidor final (destino). Ou seja, Rocha estava endereçando sua crítica justamente ao texto que possui mais chances de andar no Congresso. “O IVA, no mundo, está ruindo porque não alcança a economia colaborativa, essa economia ‘uberizada’. Os marketplaces — milhares de camelôs digitais — são imunes ao IVA. Como vou fiscalizar os milhões de malotes que alcançam as casas das pessoas diariamente?”, questiona.
O próprio empresário, que integra o grupo Brasil 200, apresentou um modelo de proposta que acaba com a maior parte dos impostos nacionais, estaduais e municipais. No lugar, entra uma cobrança de 0,2% sobre todas as transações bancárias e do mercado financeiro — um universo de 1,5 quatrilhão de reais. Segundo Rocha, é este o valor transacionado anualmente no Brasil. “São 180 vezes o PIB.”
De pronto, Davide Marcovitch, presidente do Grupo LVHM no Brasil, não viu com bons olhos a proposta. “O nosso medo com a volta da CPMF é que, hoje, a alíquota é fixada em 0,2%. Mas amanhã, um novo governante, pode aumentá-la. Se for essa a solução, é preciso blindá-la de alguma forma”, afirmou.
Além da proposta de Appy e Rocha, há também o projeto de Hauly, que tramita no Senado. Na versão do ex-deputado, são nove impostos extintos para a criação do imposto único, com diferentes alíquotas. “95% dos governadores e secretários são a favor da minha proposta”, afirmou. Segundo ele, Rodrigo Maia e David Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, vão chama-lo “no momento certo” para dar “peso à discussão”. O gosto dos políticos pela proposta de Hauly é justamente a sobrevida dada à Zona Franca de Manaus e a outros incentivos fiscais existentes no Brasil.
Por fim, a proposta que será encaminhada pelo governo deverá ser dividida em três partes: a primeira reúne quatro impostos federais (IPI, PIS, Cofins e IOF); a segunda modifica as alíquotas do Imposto de Renda; e a terceira cria a Contribuição sobre Pagamentos (CP) em substituição aos impostos incidentes na folha de pagamentos. Esse último item, sem dúvida, é o mais odiado por todos. Maia quase não vê viabilidade política para passar esse tópico.
João Carlos Brega, presidente da Whirlpool América Latina, resume o imbróglio. “Não vejo nenhuma proposta campeã. Nosso sistema vem acumulando distorções há 30, 40 anos. Não conseguiremos desmontar do dia para a noite uma coisa dessa. É preciso separar a ideologia do pragmatismo e trabalhar a comunicação, principalmente para mostrar para o consumidor qual é a carga tributária que ele paga. Aí sim, encontrar um caminho possível”, afirma.
Por Machado da Costa
O QUE FAZER DEPOIS DE ABRIR UMA EMPRESA
É preciso ficar atento aos processos de funcionamento do seu negócio e ajustar metas e objetivos sempre que for necessário
A vontade de empreender e ter um negócio são o início de uma caminhada que deve ser de muito sucesso, mas que requer cuidado e atenção. Por isso, o Sebrae oferece conteúdo para ajudar você a se preparar bem para essa jornada e também se organizar para superar todos os obstáculos que encontrar pelo caminho.
E existem alguns pontos aos quais é preciso estar atento. Um deles são as competências que você precisa desenvolver para administrar um negócio de sucesso.
Para a boa gestão da empresa:
1) Procure sempre obter informações sobre o planejamento e a gestão dos negócios;
2) Promova análise dos seus comportamentos como gestor, visando sempre a perenidade dos negócios;
3) Implante controles básicos de gestão e estruture as áreas da empresa, analisando resultados para tomar as melhores decisões.
Além disso, a decisão de criar uma empresa deve ser acompanhada da elaboração de boas práticas para manter o negócio em pleno funcionamento. Veja a seguir cinco questões que você, como empreendedor, deve ter sempre em mente:
O que eu quero com meu negócio? Saiba qual é a sua estratégia de atuação e esteja sempre pronto para ajustar objetivos, metas e planos de ação.
Quanto custa o meu negócio? Faça constantemente um planejamento financeiro para acompanhar os gastos, conhecer o fluxo de caixa e calcular lucros.
Como meu negócio funciona? É muito importante estabelecer os processos da sua empresa, para saber quais são as atividades que devem ser desenvolvidas e como fazer para desenvolvê-las com excelência.
Quem vai trabalhar? Uma empresa não pode ter todos os processos centralizados em seu dono. É necessário alocar as pessoas certas para desenvolver as atividades.
Para quem vou vender e como? Você precisa conhecer o seu público e o mercado, saber como eles se comportam para atingir o maior número de pessoas possível e driblar a concorrência.
Por Agência Sebrae de Notícias
‘EXTINGUIR O CARF SERIA UM TIRO NO PÉ’, DIZ ADVOGADO TRIBUTARISTA
A possibilidade está sendo debatida dentro da proposta do governo federal de alterar a estrutura da Receita Federal
Reduzir ou desativar o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), instância administrativa que julga autuações tributárias, poderia afugentar investimento estrangeiro, avalia Hermano Barbosa, sócio da área de Direito Tributário do BMA Advogados. A possibilidade está sendo debatida dentro da proposta do governo federal de alterar a estrutura da Receita Federal, separando as áreas de arrecadação e fiscalização, transformando esta segunda em autarquia.
Para ele, mexer no Conselho, colegiado formado por representantes do governo e da sociedade, seria um passo na direção oposta à defendida pelo atual governo de aprimorar o ambiente de negócios no país.
Leia a entrevista completa:
Faz sentido alterar a atual estrutura da Receita Federal?
Não vejo vantagens em dividir as áreas de arrecadação e fiscalização. O risco de aparelhamento foi citado como razão para mudar a estrutura da Receita. Mas, historicamente, ela sempre teve uma atuação extremamente técnica, sendo um órgão valorizado por diferentes governos, com nomeações que me parecem sempre terem sido balizadas pela competência técnica, distantes de alinhamentos político-partidários.
O modelo usado nos Estados Unidos poderia servir como inspiração para a nova estrutura da Receita no Brasil?
É preciso muita cautela para comparar a Receita do Brasil com o modelo usado nos EUA, principalmente porque, aqui, estamos mais alinhados ao padrão europeu do que ao americano nessa área. E o órgão brasileiro é muito informatizado, eficiente no uso da informação. Há particularidades a serem consideradas.
Mudanças ou mesmo a extinção do Carf também estariam sendo discutidas.
Extinguir ou reduzir o Carf seria um tiro no pé. Eu acredito que nem a Receita poderia defender algo nesses moldes. O Carf tem papel fundamental no funcionamento da própria Receita, permitindo refinar discussões técnicas que, uma vez concluídas, colaboram para melhorar condutas do fisco.
Que efeito isso teria?
O Carf funciona na regulação de opiniões, interesses e contraditórios entre a Receita e o contribuinte. Permite discussões técnicas acompanhadas por pessoas com alto grau de especialização em diversos temas. É a esfera de contraditório utilizada pelas companhias. O fim do Carf afugentaria o investimento estrangeiro, porque gera insegurança sobre os direitos do contribuinte.
Neste caso, como seriam tratados os assuntos atualmente analisados pelo Carf?
Sem o Carf, os processos serão encaminhados diretamente para a Justiça Federal. Isso tiraria a análise dos casos de especialistas, tornaria as avaliações mais lentas, sobrecarregando o judiciário e gerando custos para o estado. Seria uma decisão que contradiz o esforço do atual governo de melhorar o ambiente de negócios do país.
Glauce Cavalcanti
Delegacia da Receita Federal do Brasil Foto: Arquivo O GLOBO
SAIBA COMO A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL PODE IMPACTAR AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Entenda esse processo tecnológico e saiba como promover essa transformação em seu negócio
Quando uma MPE não direciona essas mudanças, existe uma possibilidade da perda na questão de competitividade (Foto: Reprodução)
ATransformação Digital já é um fator notável em pequenos e médios negócios. A forma com que eles atuam está mudando rapidamente a cada ano. Tudo isso devido ao aumento do uso de tecnologias no dia a dia da gestão.
Quando uma MPE não direciona essas mudanças, existe uma possibilidade considerável da perda na questão de competitividade.
De acordo com a pesquisa “Transformação Digital nas MPE”, realizada pelo Sebrae em 2018, 66% das empresas do estado da Paraíba estão usando o WhatsApp para se comunicar com os clientes e 51% acessa o Facebook.
A Tecnologia muda o dia a dia da gestão. (Foto: Divulgação)
É notável o aumento, presença e importância da internet para a realidade. Não apenas nos referimos ao Marketing, mas também a processos gerenciais internos.
Como lidar com essas transformações?
Apesar dessa fundamental mudança tecnológica, não podemos esquecer que o nosso objetivo precisa estar concentrado em facilitar a vida das pessoas que as usam, tornando-as mais organizadas, simples e práticas. Veja dicas de como lidar:
- Inove! Foque em pensar diferente, ofereça soluções diferenciadas, atraindo seu público e fidelizando-o;
- Seus colaboradores também são importantes. Crie e melhore processos que tragam resultados mais positivos na rotina de trabalho;
- Capacite-se e leve capacitação para os membros da equipe;
- Sua presença digital é importantíssima, não esqueça! Tenha um perfil bem gerenciado, com comunicação atualizada e alinhado com os valores da empresa;
- Seja encontrado na internet, para isso é importante ter um site. O espaço deve ter informações claras, objetivas e boa navegabilidade. A experiência é tudo!
- Use os sistemas ao seu favor, como o WhatsApp. Ofereça um canal aberto para tirar dúvidas, enviar informações sobre produtos, promoções exclusivas, solicitar feedback dos serviços e até realizar vendas.
‘Número de impostos vai cair mas carga tributária deve continuar’
Para o agronegócio, Eduardo Diamantino afirma que é preciso ficar de olho para ver se a promessa de uma alíquota reduzida será cumprida
Há três Propostas de Emenda à Constituição (PECs), que instituem a reforma tributária, circulando no Congresso Nacional. Segundo o advogado tributarista Eduardo Diamantino, os textos apresentados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e pelo deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) são praticamente os mesmos.
“O que elas pretendem é pegar uma série de impostos e transformar no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que é uma cópia teoricamente do Imposto sobre Valor Agregado [modelo adotado em países da Europa]”, diz.
Diamantino ressalta que, em tese, a simplificação encanta, mas é preciso estudar para ver como funcionará na prática. “A gente tem um problema com o imposto consumo, desde a década de 1950, que virou o ICMS. O problema não está no texto, mas na administração tributária brasileira”, conta.
Para o advogado, o agronegócio deve ficar livre de carga tributária ou ter uma alíquota reduzida. “Mas o problema não é a alíquota. As exportações precisam ser desoneradas, do pé da árvore até o embarque. Fala-se agora sobre alíquota reduzida sobre alimentos, mas vamos ver até onde isso vai”, pontua.
Estados e municípios estão com problema de caixa, o que poderia atrapalhar uma reforma que diminuísse a arrecadação pública. “Mas não é o que está se desenhando. A ideia é simplificar os impostos, mas não reduzir a carga tributária”, diz.
Por Canal Rural
Confiança dos empresários sobe pelo segundo mês consecutivo
Votação em primeiro turno da Reforma da Previdência e a liberação dos recursos do FGTS podem ter influenciado o resultado positivo, segundo o Ibre/FGV. Incerteza na economia também diminuiu
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,9 ponto em julho, na comparação com o mês anterior. O indicador é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e foi divulgado nesta quarta-feira (31/07).
O índice consolida os indicadores de confiança de quatro setores: indústria, serviços, comércio e construção. Entre eles, apenas a confiança da indústria recuou, com uma queda de 0,9 ponto.
A alta mensal de julho é a segunda consecutiva no ICE, e os economistas do Ibre/FGV apontam que a melhora das expectativas para o futuro explica esse movimento.
Segundo a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt, o resultado "parece estar relacionado com a aprovação da votação em 1º turno da Reforma da Previdência e medidas para incentivar o consumo como a liberação dos recursos do (FGTS) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e (PIS/Pasep) Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público".
Entretanto, lembra a especialista, uma recuperação mais consistente dependerá da efetiva melhora dos níveis de atividade econômica.
O Índice de Expectativas avançou 0,9 ponto, chegando ao melhor resultado desde setembro de 2013, enquanto o Índice de Situação Atual teve uma oscilação menor, com um acréscimo de 0,1 ponto.
A FGV também aponta que a alta na confiança foi mais disseminada entre os 49 segmentos pesquisados nos quatro setores da economia que compõem o ICE. Em junho, havia sido registrado aumento da confiança em 65% dos segmentos, enquanto em julho a alta se deu em 67%. No comércio, todos os segmentos registraram ganho de confiança dos empresários, enquanto na construção, o mesmo ocorreu com 91% dos segmentos analisados.
INCERTEZA DIMINUI
O Indicador de Incerteza da Economia teve queda de 10,7 pontos de junho para julho, divulgou hoje (31) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice chegou a 108,4 pontos, atingindo o menor patamar de incerteza desde fevereiro de 2018.
O indicador é composto por dois itens principais. O primeiro mede a frequência de notícias com menção à incerteza econômica nas mídias imprensa e online. O outro leva em consideração as previsões dos analistas econômicos ouvidos na pesquisa Focus, do Banco Central, que traça projeções para o câmbio, a taxa básica de juros e a inflação.
O componente de mídia teve uma queda de 9,2 pontos, enquanto o da expectativa dos analistas caiu 12,1 pontos.
O superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, Aloisio Campelo Jr, avalia que a redução de incerteza "parece estar relacionada" aos avanços na tramitação da reforma da Previdência, à divulgação de novos itens da agenda econômica do governo e ao aumento da probabilidade de uma redução de juros nos Estados Unidos.
Por Agência Brasil
Produtor rural de SC deve pagar imposto de 17% sobre insumos agrícolas
Federação da agricultura do estado calcula aumento de 25% nos custos de produção; agricultor deverá arcar com mair parte do prejuízo
Os produtores de Santa Catarina devem sofrer com custos mais altos na agricultura a partir de agosto. Isso porque na quinta-feira, 1º, o governo estadual vai começar a cobrar 17% de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre insumos agrícolas como inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas, desfolhantes, dessecantes, espalhantes, e adesivos.
“A maioria dos estados brasileiros mantém a isenção de impostos – especialmente o Paraná e Rio Grande do Sul – o que deixará o produto catarinense em desvantagem no mercado”, disse em comunicado o presidente da entidade, José Zeferino Pedrozo.
A Faesc calcula que o custo de produção no estado aumentará em torno de 25% e será suportado quase que totalmente pelo produtor rural. “Será praticamente impossível repassar esse custo ao preço final porque, no mercado, circulam produtos de outros estados que têm situação tributária mais favorecida”, disse.
“O governo do estado vai provocar a inflação nos preços dos alimentos, inviabilizar algumas cadeias produtivas, causar desemprego e provocar queda nas exportações catarinenses”, afirma.
Para Alexandre Di Domênico, presidente da Aprosoja-SC, a medida pode elevar ainda mais os custos finais dos produtores, que segundo ele, está cada dia maior. “Santa Catarina vai ficar com uma carga tributária no setor agrícola muito grande e pesada. Pode-se estimar que essa medida possa impactar em até 12% custo final da lavoura. E isso também vai afetar o produto final, até porque toda a cadeia da agroindústria catarinense não está contente com essa mudança”, afirma ele.
Entenda
Por Canal Rural