Fazenda recupera R$ 26,1 bi em créditos com Refis

 

 

Com a adesão de contribuintes ao programa de parcelamento de débitos tributárias, o Refis, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) conseguiu recuperar no ano passado R$ 26,1 bilhões em créditos que estavam inscritos na Dívida Ativa da União (DAU).

O relatório "PGFN em números" divulgado nesta terça-feira, 20/03, pelo órgão informa que foram negociados ao todo R$ 109 bilhões apenas com a PGFN - outros créditos podem ter sido negociados junto à Receita Federal -, mas não explicita quanto disso foi convertido em renúncia.

O Refis concedeu descontos de até 90% nos juros e até 70% nas multas. Não raro esses são os maiores componentes da dívida dos contribuintes com a União.

Segundo a PGFN, a recuperação de R$ 26,1 bilhões é um recorde e representa valor 75,4% maior do que o obtido em 2016. Os dados consideram os valores fechados, à exceção dos recursos devidos ao FGTS, que foram contabilizados até novembro de 2017.

Além do Refis, o órgão jurídico da Fazenda explica que a "utilização de novas estratégias de cobrança no âmbito do Regime Diferenciado de Cobrança de Créditos - RDCC e a introdução da sistemática de remuneração por performance" também contribuíram para o desempenho.

A recuperação de mais da metade (R$ 14,4 bilhões) foi graças à concessão de benefícios fiscais, segundo os dados da PGFN. O documento não explica se esses benefícios foram apenas os concedidos por meio do Refis.

Houve ainda execução forçada de R$ 5,28 bilhões em débitos, e a localização de corresponsáveis por R$ 1,2 bilhão.

A Dívida Ativa da União possui R$ 2 trilhões em débitos inscritos, sendo quase metade (R$ 982 bilhões) com nota "D" na classificação do devedor, ou seja, tem baixas chances de recuperabilidade. As dívidas que têm nota "A", isto é, maior chance de sucesso na cobrança, reúnem R$ 299,32 bilhões em dívidas.

IMAGEM: Thinkstock

Com a adesão de contribuintes ao programa de parcelamento de débitos tributárias, o Refis, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) conseguiu recuperar no ano passado R$ 26,1 bilhões em créditos que estavam inscritos na Dívida Ativa da União (DAU).

O relatório "PGFN em números" divulgado nesta terça-feira, 20/03, pelo órgão informa que foram negociados ao todo R$ 109 bilhões apenas com a PGFN - outros créditos podem ter sido negociados junto à Receita Federal -, mas não explicita quanto disso foi convertido em renúncia.

O Refis concedeu descontos de até 90% nos juros e até 70% nas multas. Não raro esses são os maiores componentes da dívida dos contribuintes com a União.

Segundo a PGFN, a recuperação de R$ 26,1 bilhões é um recorde e representa valor 75,4% maior do que o obtido em 2016. Os dados consideram os valores fechados, à exceção dos recursos devidos ao FGTS, que foram contabilizados até novembro de 2017.

Além do Refis, o órgão jurídico da Fazenda explica que a "utilização de novas estratégias de cobrança no âmbito do Regime Diferenciado de Cobrança de Créditos - RDCC e a introdução da sistemática de remuneração por performance" também contribuíram para o desempenho.

A recuperação de mais da metade (R$ 14,4 bilhões) foi graças à concessão de benefícios fiscais, segundo os dados da PGFN. O documento não explica se esses benefícios foram apenas os concedidos por meio do Refis.

Houve ainda execução forçada de R$ 5,28 bilhões em débitos, e a localização de corresponsáveis por R$ 1,2 bilhão.

A Dívida Ativa da União possui R$ 2 trilhões em débitos inscritos, sendo quase metade (R$ 982 bilhões) com nota "D" na classificação do devedor, ou seja, tem baixas chances de recuperabilidade. As dívidas que têm nota "A", isto é, maior chance de sucesso na cobrança, reúnem R$ 299,32 bilhões em dívidas.

IMAGEM: Thinkstock


Pacote para modernização da indústria receberá R$9,1 bi em crédito

 

Na expectativa de colocar o Brasil como potencial competidor internacional em termos industriais, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) junto com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançou, nesta quarta-feira (14/3), um pacote de medidas para auxiliar o setor produtivo a estimular a indústria 4.0. Serão R$ 9,1 bilhões direcionados a empresas por meio de linhas de crédito, além da adoção de alíquota zero do imposto de importação de robôs, capacitação profissional e recursos para fábricas do futuro.
 
As medidas consistem em sensibilização, avaliação e oportunidades de negócios, fábricas do futuro, financiamento, mercado de trabalho, comércio internacional revisão de normas. Todas elas são focadas em uma "nova revolução industrial", baseada na junção do mundo físico, digital e biológico nos processos produtivos. 
 
O Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, disse afirmou, durante coletiva de imprensa realizada em São Paulo, que "a recuperação da economia brasileira e a melhoria do ambiente de negócios trazem oportunidades para o investimento em inovação e a transformação das plantas industriais atuais em fábricas inteligentes e modulares."
 
Segundo o gerente executivo de política industrial do Confederação Nacional da Indústria (CNI), João Emília, o momento econômico não pode impedir investimentos em prol da quarta revolução. "Temos que reconhecer a nossa situação econômica, mas não podemos deixar de começar esse processo." 
 
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Sobre o pacte divulgado hoje, Emílio explicou que o processo de transição para a indústria 4.0 precisa ser encarado de forma mais específica em cada setor, respeitando as peculiaridades de cada empresa. "Não existe um pacotão uniforme que serve para todo mundo. A elaboração customiquevai definir quais as tecnologias fazem sentido. Muda de setor para setor", informa.

A veia empreendedora fala mais alto

CRIS OLIVETTE

11 Março 2018 | 07h45

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Marcelo Noll. Rafael Arbex /Estadão

 

Construir uma carreira de sucesso no mundo corporativo pode não proporcionar a satisfação imaginada quando, no fundo, o profissional tem uma veia empreendedora.
O CEO e cofundador do Labi Exames, Marcelo Noll Barboza, é um exemplo. Formado em engenharia e administração, com MBA pela Harvard Business School, e premiado duas vezes pela revista Institutional Investor, como um dos três melhores CEOs de saúde na América Latina, ele resolveu começar uma empresa do zero.

Depois de atuar por 15 anos no mercado de saúde e ocupar a presidência da rede de medicina diagnóstica Dasa e da farmacêutica Valeant (Brasil e Argentina), encerrou a carreira executiva quando era vice-presidente da GE Healthcare América Latina, para criar um laboratório de análises clínicas.

 

“Comecei o projeto do Labi Exames há um ano, junto com um amigo, que também deixou a carreira executiva. Pensamos o negócio com dois objetivos: atrair investidores e atuar para gerar impacto positivo na sociedade, na área de saúde pública.”

Sua empresa oferece acesso à exames laboratoriais às pessoas que não têm plano de saúde, por um preço mais acessível. “Nossos preços são cerca de 20% abaixo dos valores mais reduzidos praticados no mercado.”

Até o momento, a rede tem duas unidades: Santo Amaro e República. “Nosso o plano é chegarmos a oito unidades na Grande São Paulo até o final deste ano. Até 2022, pretendemos atender três milhões de pacientes por ano.”

Barboza diz que o negócio está inserido em um mercado novo, porque tradicionalmente no Brasil, as pessoas que tinham plano de saúde iam a um laboratório particular, e as que não tinham procuravam o sistema público.

“Quando o negócio tem esse perfil, é preciso ter cautela, porque o tempo de maturação é maior e, muitas vezes, o empreendedor subestima o capital necessário para suportar a maturação em médio e longo prazo.”

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Tamy Lin. Foto Jéssica Liar/Divulgação

Descoberta. O sonho da fundadora da plataforma de aluguel de carro particular Moobie, Tamy Lin, nunca foi empreender. “Eu queria muito ser executiva de uma multinacional”, diz.

Ela é de Campo Grande (MS) e diz que lá, quando falavam em empresário, estavam se referindo ao dono de um posto ou de uma loja. “Esse empreendedorismo nunca me atraiu.”

Tamy afirma que quando cursou administração, na Fundação Getúlio Vargas, no final dos anos 1990, não teve muitas aulas de empreendedorismo. Nem mesmo no MBA, realizado na Universidade de Kellogg, em Chicago, entre 2009 e 2011. “Talvez por esses motivos, nunca pensei em criar um empresa.”

Segundo ela, a carreira corporativa foi uma grande escola e hoje, como empresária, aplica todo o aprendizado e recorre a contatos importantes.

“Trabalhei em consultorias que me enviaram para Espanha, México, Equador, Japão, China e Coreia. Cheguei a morar em alguns desses países. Ter uma carreira internacional foi uma grande realização.”

O último cargo ocupado por ela foi no Brasil, como diretora de desenvolvimento de negócios da Smiles, administradora do programa de relacionamento da Gol. Quando estava perto de completar três anos na atividade, saiu da empresa.

“Apesar de ter realizado meu sonho, ainda não tinha me encontrado 100%. Deixei o trabalho para buscar algo que não sabia o que era.” Suas dúvidas, no entanto, não duraram muito tempo. No início do ano sabático identificou uma oportunidade de negócio.

“No MBA, fiz estágio no Google e fiquei com um bom networking. Um deles, me falou sobre negócios ‘peer to peer’, ligados à causa da mobilidade e compartilhamento de veículos. Gostei da ideia de ajudar a reduzir o número de carros nas ruas e criei a Moobie.”

O negócio consiste em uma plataforma na qual os donos de carro fazem cadastro e se conectam com usuários interessados em alugar o veículo. “Na Grande São Paulo, oito milhões de veículos são subutilizados e passam 90% do tempo parados.” Para iniciar, Tamy aproveitou contatos que já possuía com investidores e obteve aporte de investidores-anjo.

Lançada em 2017, a plataforma tem 60 mil usuários e três mil veículos cadastrados. “Ainda é um serviço pequeno em relação ao potencial existente, mas somos a maior base da cidade.”

A Moobie cobra taxa de 20% do proprietário do veículo e R$ 35 do cliente que aluga o carro. O valor engloba seguro e taxa de serviço. “Estou feliz e realizada. Quando empreendemos, extraímos o máximo de nosso potencial.” Ela acrescenta que a ferramenta é uma oportunidade de renda complementar. “Temos casos de parceiros/proprietários que ganharam R$ 5 mil em quatro meses de locação.”

Motivo. Diretora de transição de carreira e gestão de mudança para América Latina da consultoria LHH, Irene Azevedoh afirma que, normalmente, quando um executivo resolve empreender está buscando autonomia.

“Mas para que uma jornada empreendedora tenha início, esse fator deve estar aliado a um propósito e a uma boa ideia, que leve em consideração recursos financeiros, rede de relacionamentos de sustentação, entendimento claro dos motivadores e das aptidões necessárias para atuar no segmento escolhido, além de um plano de negócio.”

Marca fabrica produtos para pet, agricultura e linha de cosméticos

Após atuar como executiva no segmento de agronegócio, com comércio exterior e como headhunter da Fesa, empresa de recolocação profissional de executivos, Gabriela Lindemann se associou a Maurício Campos, que entre outras atividades foi executivo de marketing da Red Bull no Brasil, para criarem a Openeem.

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Gabriela Lindemann. Foto: Rafael Avancini/Divulgação

Assim como ela, o executivo tinha saído da empresa e também estava tentando se entender no mundo. “Fazia tempo que ele estava buscando um projeto que tivesse a ver com qualidade de vida”, conta.

A ideia do negócio começou a ser esboçada quando Campos conheceu o pai de Gabriela, Sérgio Lindemann, que anos antes começou uma plantação de neem, em uma fazenda no Pará.

“Quando ele ouviu meu pai falando sobre a polivalência e os benefícios do neem, ele se encantou. Depois de conhecermos mais sobre as possibilidades da matéria-prima, estruturamos o projeto e fizemos uma proposta a meu pai, que foi aceita, para profissionalizarmos o processo que ele já vinha realizando no Pará. Ele fazia, de forma artesanal, produtos para o agronegócio e para uso humano.”

O que é. Gabriela diz que o neem foi aclamado pela Organização das Nações Unidas como a árvore de século 21, graças aos seus benefícios ambientais e medicinais. A planta tem mais de 140 princípios ativos e muitas possibilidades de aplicação.

“Na agricultura, o neem vem sendo usado como solução para recuperar áreas degradadas por erosão, como biodefensivo e como fertilizante. Na medicina ayurveda, é usado há mais de quatro mil anos para tratar pele, cabelo, sistema digestivo, como purificador sanguíneo etc.”

Foco. A empresária afirma que o primeiro ano do negócio foi muito complexo, porque quando começaram a pesquisa para definir os produtos que iriam produzir, mergulharam em um mundo de possibilidades.

Para definir a área de atuação, os sócios visitaram vários centros universitários de pesquisa, que possuem grande conhecimento concentrado sobre a espécie. Ao todo, a formatação do negócio levou dois anos e meio.

“Só agora estamos vendo o projeto se materializar. Nossos produtos estão tendo boa aceitação no mercado. A resposta dos produtos voltados ao agronegócio tem sido excelente. Estamos conseguindo entrar em revendas importantes.”

Segundo ela, os produtos da linha pet chegaram ao mercado em janeiro deste ano. “Temos loção de banho seco, spray repelente, sabonete e xampu”, conta a empresária.
A Openeem também está desenvolvendo linha cosmética humana. “Serão produtos 100% naturais, atóxicos e multifuncionais, porque o neem é muito bom como antioxidante, cicatrizante e bactericida. Então, ao usar um hidratante à base de neem, além de hidratar ele também vai reconstruir e proteger a pele.”

Gabriela diz que no blog Movimento Neem, inserido na plataforma da Openeem, tem vasta literatura contendo todo o conhecimento milenar e científico sobre a planta.
Expectativa. A meta dos sócios é faturar, neste ano, entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões com os produtos pet e agro. Já os primeiros produtos cosméticos serão lançados em outubro. “O custo dos nossos produtos são competitivos, principalmente porque temos plantação própria”, diz. O negocio emprega 15 pessoas e mantém a produção terceirizada.

Experiência. Gabriela afirma que valeu muito à pena mudar o rumo da carreira. “É muito bacana criar um negócio do zero e que tenha a sua cara e seus valores. Mas é preciso ter muita resiliência e ser muito dedicado.”

A empresária afirma que está há mais de dois anos trabalhando aos finais de semana. “Começo às 5 horas da manhã. É uma dedicação constante. No início, é como uma gestação e depois que o negócio é formatado e o produto lançado, é como um bebê que requer cuidado. Se não tiver total empenho e dedicação, não é dá para criar uma startup.”

Segundo ela, a forma de trabalhar também é outra, porque não tem equipe. “Temos de fazer desde coisas super estratégicas até as operacionais do dia a dia. É preciso ter disponibilidade de tempo e energia.”


Obrigações tributárias demandam planejamento

"Ana

O ano de 2018 requer atenção especial das empresas. Além das possíveis mudanças econômicas em um ano de eleições gerais, uma série de obrigações tributárias entra em vigor. O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), que determina ao empregador o envio de informações eletrônicas ao Fisco sobre os trabalhadores, ainda gera dúvidas, embora esteja em fase de implementação. Desde o início deste mês, companhias com faturamento anual superior a R$ 78 milhões precisam fornecer os dados de forma digital.

A primeira etapa de cumprimento das obrigações envolve mais de 14,4 mil empresas e 15 milhões de trabalhadores, de acordo com o governo federal. "Esses compromissos estão entrando fortemente na rotina corporativa e requerem atenção aos procedimentos para serem feitos de forma correta", alerta Ana Tércia Rodrigues, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), ao destacar que, a partir de maio, também é preciso cumprir com a entrega do Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), conforme calendário. Os empregadores que não cumprirem os prazos determinados em cada ciclo de informações ficarão impossibilitados de incluir novos dados nas etapas seguintes e serão penalizados com multas.

Para aproveitar da melhor forma possível as facilidades da nova legislação, a advogada Gabriele Chimelo, sócia do escritório Scalzilli Althaus, ressalta a necessidade de preparo de um planejamento empresarial. "Naturalmente, o fato de estarmos em um ano de eleições em um momento em que o Brasil está apresentando os primeiros sinais de pós-crise, já merece atenção dos empresários", enfatiza Gabriele. "Nesse contexto, as informações contábeis podem ajudar a traçar cenários que auxiliem as empresas a formular cenários para enfrentar o que irá se desenhar daqui para frente", completa Ana Tércia. O presidente do Sescon-RS, Diogo Chamun, reforça que essas mudanças exigem cada vez mais qualificação e gestão dos profissionais envolvidos nos processos contábeis e tributários. "A qualidade das informações geradas influencia diretamente o resultado das empresas", sentencia o dirigente 

Confira o calendário do eSocial

Etapa 1 Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões

Fase 1 - Janeiro/18: Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas.

Fase 2 - Março/18: Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos.

Fase 3 - Maio/18: Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento.

Fase 4 - Julho/18: Substituição da Gfip (Guia de Informações à Previdência Social) e compensação cruzada.

Fase 5 - Janeiro/19: Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde do trabalhador.

Etapa 2 Demais empresas privadas, incluindo Simples, MEIs e pessoas físicas (que possuam empregados)

Fase 1 - Julho/18: Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas.

Fase 2 - Setembro/18: Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos.

Fase 3 - Novembro/18: Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento.

Fase 4 - Janeiro/19: Substituição da Gfip (Guia de informações à Previdência Social) e compensação cruzada.

Fase 5 - Janeiro/19: Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde do trabalhador.

Etapa 3 Entes Públicos

Fase 1 - Janeiro/19: Apenas informações relativas aos órgãos, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas.

Fase 2 - Março/19: Nesta fase, entes passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos) Ex: admissões, afastamentos e desligamentos.

Fase 3 - Maio/19: Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento.

Fase 4 - Julho/19: Substituição da Gfip (guia de informações à Previdência) e compensação cruzada.

Fase 5 - Julho/19: Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde do trabalhador.

Sobre a EFD-Reinf O início da obrigatoriedade da EFD-Reinf para cada grupo de contribuintes, nos termos da Resolução que trata da implementação progressiva do eSocial, coincidirá com a competência inicial de envio dos eventos periódicos do eSocial. Assim, os contribuintes do primeiro grupo - empresas com faturamento superior a 78 milhões - passarão a enviar os eventos pela EFD-Reinf a partir de 1º de maio de 2018. Os do segundo grupo, a partir de 1 de novembro de 2018 e os do terceiro grupo, a partir de 1 de maio de 2019. A alteração da Instrução Normativa RFB nº 1.701, de 2017, que instituiu a EFD-reinf, fixando essas novas datas, será publicada em breve.

Fonte: Governo federal 

 


Reforma do Pis/Cofins deve demorar dois anos

A implementação da reforma do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) deve levar pelo menos dois anos, afirmou Eduardo Guardia, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, no Seminário Internacional AGU 25 Anos.

De acordo com o secretário, o projeto, em elaboração pelo governo, já está “maduro” para ser encaminhado ao Congresso Nacional.

LEIA MAIS: Pis/Cofins: o lado complicado da simplificação

Guardia acrescentou que a reforma do PIS/Cofins será feita em duas etapas. “Primeiro, faremos do PIS para não ter erro de calibragem nessa nova alíquota e, depois, a gente faz o Cofins. Então, é uma reforma em duas fases que vai levar pelo menos dois anos para implementar. É melhor ir devagar e rumar na direção correta”, disse.

No último dia 6, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, já tinha sinalizado que a unificação das contribuições será feita em etapas. As duas contribuições equivalem a quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país). O PIS equivale a quase 1% do PIB.

De acordo com Guaria, a reforma do PIS/Cofins vai facilitar qualquer reforma tributária. “Isso vai reduzir custo de cumprimento das obrigações tributárias, vai reduzir litígios”.

PIS e Cofins são contribuições federais que incidem sobre a receita bruta auferida pela pessoa jurídica.

Segundo o secretário, por ter regras “extremamente complexas” sobre o cálculo do crédito tributário, há muitos processos. Ele acrescentou que atualmente 80% dos litígios no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) são sobre Pis/Cofins.

“Esse número fala por si só. Tem algo errado na própria regulamentação. Nós precisamos simplificar”, disse o secretário.

Guardia disse ainda que seria ideal a fusão do PIS/Cofins com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS), mas essa mudança seria complexa por envolver estados e municípios.

“O ideal seria ter uma reforma que migrasse o PIS/Cofins para uma regra muito simples, para todos os produtos da economia, para nós podermos caminhar para o imposto sobre o valor adicional nacional, que faria também a fusão com o ICMS, o ISS, e o PIS/Cofins”.

IMAGEM: Thinkstock 

 

A implementação da reforma do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) deve levar pelo menos dois anos, afirmou Eduardo Guardia, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, no Seminário Internacional AGU 25 Anos.

De acordo com o secretário, o projeto, em elaboração pelo governo, já está “maduro” para ser encaminhado ao Congresso Nacional.

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Guardia acrescentou que a reforma do PIS/Cofins será feita em duas etapas. “Primeiro, faremos do PIS para não ter erro de calibragem nessa nova alíquota e, depois, a gente faz o Cofins. Então, é uma reforma em duas fases que vai levar pelo menos dois anos para implementar. É melhor ir devagar e rumar na direção correta”, disse.

No último dia 6, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, já tinha sinalizado que a unificação das contribuições será feita em etapas. As duas contribuições equivalem a quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país). O PIS equivale a quase 1% do PIB.

De acordo com Guaria, a reforma do PIS/Cofins vai facilitar qualquer reforma tributária. “Isso vai reduzir custo de cumprimento das obrigações tributárias, vai reduzir litígios”.

PIS e Cofins são contribuições federais que incidem sobre a receita bruta auferida pela pessoa jurídica.

Segundo o secretário, por ter regras “extremamente complexas” sobre o cálculo do crédito tributário, há muitos processos. Ele acrescentou que atualmente 80% dos litígios no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) são sobre Pis/Cofins.

“Esse número fala por si só. Tem algo errado na própria regulamentação. Nós precisamos simplificar”, disse o secretário.

Guardia disse ainda que seria ideal a fusão do PIS/Cofins com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS), mas essa mudança seria complexa por envolver estados e municípios.

“O ideal seria ter uma reforma que migrasse o PIS/Cofins para uma regra muito simples, para todos os produtos da economia, para nós podermos caminhar para o imposto sobre o valor adicional nacional, que faria também a fusão com o ICMS, o ISS, e o PIS/Cofins”.

IMAGEM: Thinkstock 

 


5 erros que fazem o capital de giro de sua empresa evaporar

Você sabe a diferença entre capital de giro e fluxo de caixa? O primeiro é o montante de dinheiro que a empresa tem como reserva para sustentar o segundo.

Ambos são ferramentas distintas, mas se complementam e garantem a movimentação de um negócio sem comprometer seu planejamento orçamentário. Principalmente para as micro e pequenas empresas e os MEIs. 

“Capital de giro é dinheiro para o dia a dia do negócio, para pagar água, luz, aluguel do ponto, funcionários, comprar produtos...”, afirma João Carlos Natal, consultor de finanças do Sebrae-SP.

LEIA MAIS: A redução do prazo de recebimento nas vendas do cartão pode ser prejudicial aos lojistas

Ou seja, vendendo ou não vendendo, o capital de giro é uma espécie de “colchão” que a empresa necessita para garantir um bom fluxo de caixa e continuar funcionando.

Para começar, o ideal é que a empresa disponha de seis meses a um ano esse valor em caixa para cobrir os gastos previstos – regra que deve continuar ao longo da vida útil do negócio, segundo Natal.

Mas para formar esse capital, além de fazer um diagnóstico das contas da empresa, é preciso entender primeiro que elas estão diretamente ligadas à maneira como se compra e vende produtos.

Se a empresa começou agora e precisa adquirir mercadorias, precisa saber que no início só dá para comprar à vista para manter a relação comercial, de acordo com o especialista.

LEIA MAIS: Varejo paulistano está com o estoque equilibrado 

Por outro lado, o volume de recursos que vai entrar depende de como são vendidos seus produtos ou serviços: se à vista ou em uma, duas ou três vezes. “Quanto maior o prazo para receber do cliente, maior a necessidade de capital de giro”, diz.

Para minimizar essa necessidade –que pode levar o empreendedor a recorrer a empréstimos no banco ou outros expedientes menos vantajosos para manter a empresa girando, como agiotas – o ideal é usar a regra do “ciclo financeiro em dias.”

Ou seja, a medição do ciclo dos estoques, mais o ciclo de recebimento dos clientes, menos o ciclo de pagamentos, afirma o consultor do Sebrae-SP.

O problema é que muitas empresas não sabem fazer esse cálculo, segundo ele. “O ideal é montar essa reserva logo no início do negócio, pois a melhor maneira de formar esse 'colchão' é com lucro.”

A seguir, veja o que não fazer para não comprometer a saúde financeira da sua empresa: 

COMEÇAR COM EMPRÉSTIMO? NEM PENSAR

Um dos maiores erros de quem inicia uma empresa é buscar linhas de capital de giro no banco. Em primeiro lugar, segundo Natal, é ruim pela competitividade do mercado: se a empresa já começa assim, não vai ter preço de venda porque vai cobrar mais para cobrir esses custos.

“É um limitador de formação de preço. Por que o seu cliente vai comprar de você e não do concorrente que está há mais tempo no mercado e cobra mais barato?”

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Se a empresa tiver que captar dinheiro no banco, a operação fica mais cara, já que além do valor nominal do empréstimo, há os juros. “Ela já começa perdendo competitividade em relação à concorrência”, afirma.



Quando já está em operação há algum tempo mas tem de buscar recursos no banco, na maioria das vezes é porque não está dando lucro. "Ou seja, o negócio não repõe o dinheiro que necessita para girar", diz Natal. 

Daí até engrossar as estatísticas de causa mortis de fechamento de pequenos negócios do Sebrae antes de completar dois anos é um pulo -19% deles alegam ter encerrado a empresa por falta de capital de giro/lucro.

UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA



Uma empresária não entendia por que sua empresa vivia com problemas de fluxo de caixa por falta de capital de giro. O motivo: as retiradas frequentes para comprar terrenos e plantar eucaliptos, um negócio que poderia dar retorno em dez anos, mas que não tinha nada a ver com a atividade econômica atual da empresa.

Esse, segundo Natal, é o caso clássico de misturar finanças e interesses pessoais com empresariais.

Ou seja, enquanto a empresa precisava de capital para girar, a empresária descapitalizou-a para imobilizar em um investimento sem retorno garantido.

“Só podia dar reflexos no fluxo de caixa, mesmo”, afirma.

EMPRESA NÃO É HOLERITE



Um dos erros mais comuns quando se fala em capital de giro é que muita gente perde o emprego e abre a empresa esperando que ela seja seu novo holerite.

O consultor cita o caso de uma microempreendedora individual que faturava R$ 3 mil mensais, mas não sabia por que não conseguia repor seu estoque de produtos – mesmo colocando 100% em cima do preço de venda.

Foi quando ela revelou que, desse total, retirava R$ 1,7 mil como pró-labore. Resultado: faltava não só para pagar as contas, mas também os fornecedores, claro.

“Além de faltar R$ 200 todo mês, é como se a empresa ‘comesse’ a própria mercadoria”, afirma. 

É essa má gestão do dinheiro que faz com que o empresário tenha maior necessidade de capital de giro. “Ter lucro é o principal para garantir esse capital”, reforça. “Mas não adianta lucrar se o empresário tiver outras atitudes que vão prejudicar a empresa.”

DUPLICATAS: BOM NEGÓCIO. DESDE QUE O CLIENTE PAGUE

O desconto de duplicatas por bancos para obter capital de giro é uma prática comum entre os empreendedores para dar um alívio no dia a dia dos negócios.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), inclusive, endossa essa alternativa por meio da Central de Registro de Direitos Creditórios (CRDC), plataforma online que gera a duplicata, a endossa e cadastra com numeração única, evitando que seja utilizada em mais de uma transação.

Natal lembra que ações financeiras como essa são importantes desde que o negócio tenha uma reserva. “Os bancos se pautam muito por garantias principalmente no empréstimo para capital de giro - que nesse caso, podem ser a maquininha de cartão ou as duplicatas." 

Mas é preciso ter o cuidado de receber esses títulos à disposição, e daí entra a importância da análise de crédito dos clientes. Afinal, não é porque a duplicata está no banco que é garantia de que a empresa vai receber.

“Caso contrário, o banco só vai informar que sua conta está negativa e é preciso cobrir”, diz. Ou seja, o empresário deve correr atrás antes para não ficar com o resultado da inadimplência depois. 

DIRETO NA ORIGEM

Imagine pegar R$ 20 mil de empréstimo como capital de giro para repor mercadorias – sendo que seu negócio tem pelo menos R$ 100 mil em estoques parados? 



Parece brincadeira, mas há empresários que pensam primeiro em buscar dinheiro fora antes de fazer um diagnóstico preciso da sua empresa.

Ou seja, antes de sair pegando dinheiro emprestado, Natal orienta programar melhor as compras e olhar para o caixa para saber quando há recursos previstos – ou seja, para ver se as datas de pagamento de fornecedores coincidem com as de pagamento dos clientes.

Talvez essa “necessidade” ocorra por descasamento desse fluxo: se é preciso buscar dinheiro toda hora para aumentar a quantidade de mercadorias à disposição do cliente, é porque o empresário comprou mal ou não faz promoções quando deve.

“Os recursos sempre estarão à disposição do cliente”, afirma Natal. “Mas é preciso descobrir a origem do problema. Ou não haverá dinheiro que cubra essa necessidade constante de capital de giro.”

IMAGEM: Thinkstock 


Receita Federal identifica fraudes em 25% dos procedimentos fiscais

Receita Federal identifica fraudes em aproximadamente 25% dos procedimentos fiscais realizados no Brasil, disse hoje (6/3) o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

Afirmou que o órgão está trabalhando de forma intensa não apenas no combate a essas fraudes, mas na discussão de como melhorar o sistema tributário.

Rachid participou, em Brasília, do Seminário Tributação e Desenvolvimento Econômico, na sede do jornal Correio Braziliense, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial.

"Estamos trabalhando na identificação de fraudes de forma intensa. Estamos identificando as fraudes e, junto com a direção da empresa, estamos trabalhando para identificar o mecanismo que soluciona essa dívida", disse.

Em 2017, a Receita Federal bateu recorde de autuações, alcançando R$ 204,99 bilhões em créditos tributários, o maior valor desde 1968.

DISTORÇÕES

Hoje, Jorge Rachid destacou as distorções que existem no sistema tributário brasileiro. No país, os impostos recaem tanto na origem das mercadorias e serviços quanto no destino, quando são adquiridos, e as regras variam dependendo do setor e produto. Ele ressalta que, em outros locais, a incidência é no consumo.

A simplificação tributária, com a reforma do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), é um dos 15 pontos que o governo destacou como prioridade do ponto de vista fiscal e econômico, após o adiamento da votação da reforma da Previdência.

A necessidade de uma reforma tributária também foi colocada em pauta com a recente visita de representantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ao Brasil.

A OCDE reúne economias desenvolvidas, como Estados Unidos, Japão e países da União Europeia, sendo vista como um “clube dos ricos”, apesar da entrada de economias emergentes. São 35 países membros. O Brasil acompanha as atividades do grupo desde 1994 e tramita, desde 2017, um pedido de adesão à organização. Para que seja aceito, são necessárias algumas adequações.



"Qual seria a reforma ideal? Unir imposto sobre consumo e ter uma regulação centralizada. Mas é factível? É viável para os estados, que, pelo princípio federativo, têm o poder de tributar? Temos que buscar realismo", afirmou.

Rachid destacou a necessidade da simplificação tributária e diz que o órgão trabalha na reforma do PIS/Cofins a ser apresentada ao Congresso Nacional. O secretário diz que a intenção é que as alterações, uma vez aprovadas, sejam implementadas por etapas.

FOTO: Thinkstock

 


Quais são as cinco economias que mais devem crescer em 2018

 
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Image captionA Índia deve tornar-se a terceira maior economia do mundo na próxima década, dizem economistas

Uma década após a eclosão da crise financeira que abalou o mundo, a economia global começou a se recuperar, e muitos países emergentes e em desenvolvimento estão liderando esse processo.

"O crescimento ganha força à medida que os investimentos e o consumo privado se consolidam, particularmente nas economias exportadoras de produtos básicos", disse o Banco Mundial em seu relatório sobre as perspectivas da economia mundial.

Nesse panorama, surgem quatro países africanos e um asiático à frente: Gana, Etiópia, Costa do Marfim, Djibuti e Índia. Por que esses países estão na dianteira do crescimento, em termos percentuais?

"Por diferentes razões, ainda que o gasto público tenha um papel importante em muitos casos", responde Carlos Arteta, economista-chefe do Grupo de Perspectivas Globais de Desenvolvimento do Banco Mundial.

Países que mais crescerão em 2018 PIB (em %)
Gana 8,3
Etiópia 8,2
Índia 7,3
Costa do Marfim 7,2
Djibuti 7
Fonte: Banco Mundial  

"Etiópia, Costa do Marfim e Djibuti estão se beneficiando de investimentos em infraestrutura para impulsionar seu crescimento."

Além disso, essas economias, por serem menores do que outras mais estabelecidas, têm mais espaço para um crescimento percentual maior.

O rápido crescimento da Índia

O único país não-africano do topo da lista é a Índia, um gigante sul-asiático que pode se tornar a terceira economia mundial, depois de China e Estados Unidos, na próxima década.

Sua população cresce rapidamente, e as reformas implementadas pelo governo de Narendra Modi, no poder desde 2014, devem dar frutos a médio prazo, segundo economistas.

A principal reforma é a tributária - a maior da história do país, que no ano passado unificou diversos impostos em um só, o Imposto sobre Bens e Serviços (GST, na sigla em inglês). Empresas e contribuintes reclamaram de confusão e caos durante sua implementação, mas o governo e alguns analistas afirmam que ela vai facilitar o planejamento tributário, elevar a base de arrecadação e aumentar o crescimento do país.

"A Índia está experimentando um forte aumento no consumo privado e público, e o investimento também se recuperou após um período em marcha lenta", diz Arteta.

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Image captionA Etiópia é um dos países que estão se beneficiando de investimentos em infraestrutura para impulsionar seu crescimento

Ainda assim, persistem dúvidas sobre a queda na taxa de investimento do país. Os especialistas estimam que, se ela se mantiver em 30%, é pouco provável que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça mais de 8% ao ano.

Mas é claro que sustentar um crescimento anual de 7% a 8% seria o sonho de muitos países. Na América Latina, por exemplo, as estimativas apontam para um crescimento médio de 2% neste ano. No Brasil, o mais recente boletim Focus, elaborado pelo Banco Central com base em análises de mercado, estima em 2,89% o aumento do PIB em 2018.

E, no caso dos países desenvolvidos, que iniciaram seu processo de desenvolvimento há várias décadas, as expectativas de crescimento percentual estão em outro patamar, mais modesto. Basta ver o caso dos Estados Unidos, que cresceu 1,5% em 2016 e 2,3% em 2017 - a previsão é de que cresça 2,5% neste ano.

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Image captionGana será o país que mais vai crescer neste ano, segundo o Banco Mundial

A Índia também enfrenta outros desafios, como, por exemplo, reduzir os custos e a burocracia para fazer negócios, além de integrar mais crianças ao sistema escolar, algo que terá um impacto direto na qualidade da mão de obra no futuro.

Saindo da crise

Gana, considerado um dos países mais estáveis da África Ocidental, deve ser o que terá o maior crescimento no mundo em 2018, segundo o Bando Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Após ficar independente do Reino Unido na década de 1950, o país conseguiu estabelecer um regime democrático no início da década de 1990. Até pouco tempo atrás, era considerado um modelo de crescimento econômico no continente, cuja riqueza provinha historicamente do ouro e do cacau e, mais recentemente, do petróleo e do gás.

Mas, a partir de 2013, sua economia foi ladeira abaixo, e Gana teve de enfrentar uma crise que a levou a ter altos níveis de déficit público e inflação e um enfraquecimento de sua moeda. No entanto, no último ano, a situação mudou.

"O robusto crescimento de Gana é motivado pela crença de que sua produção petrolífera crescerá, à medida que novos campos entram em funcionamento" diz Arteta.

Seu atual presidente, Nana Akufo-Addo, há quase um ano no poder, deu início a uma série de reformas para impulsionar a recuperação econômica, uma tarefa hercúlea, considerando que ele assumiu o comando de um país arruinado.

Com as reformas, o presidente busca estimular o setor privado, estabilizar a moeda local, reduzir o custo do crédito, baixar impostos, modernizar a agricultura e definir uma política industrial.

No caso dos três outros países africanos com perspectivas de maior crescimento percentual, o Banco Mundial traça diferentes panoramas.

A Etiópia, diz o relatório, está colhendo os frutos de grandes investimentos em irrigação, transporte e energia, os quais lhe renderam ganhos de produtividade na produção agrícola, importante fonte de receita nas exportações do país.

Mas o crescimento etíope deve ser contido em breve, por conta de medidas do governo para conter a dívida pública - o que, por sua vez, deve restringir os gastos públicos.

A Costa do Marfim, por sua vez, ainda tem seu crescimento atrelado em grande parte aos gastos do governo. Já Djibouti deve crescer na esteira de investimentos externos - sobretudo chineses - em obras de infraestrutura.


Dicas para ficar em dia com o Leão e não cair na malha fina

Começa amanhã o envio da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2018 (DIRPF), ano-base 2017. O contribuinte tem até dia 30 de abril para entregar o documento e precisa estar atento para ficar em dia com o Leão e não cair na malha fina.

No Ceará, a Receita Federal prevê o recebimento de 635 mil declarações, um aumento de 0,3% ante 2017. No Brasil, espera-se um total de 28,8 milhões de declarações recebidas no prazo, sendo 300 mil a mais do que o ano anterior. Em 2017, foi arrecadado no Estado, aproximadamente, R$ 1,96 bilhão com o IR.

Para não perder o prazo de entrega ou cair na malha fina, deve haver organização e antecedência no arquivamento dos documentos. Umas das grandes causas de retificação é a divergência entre os dados das fontes pagadoras e o que é informado na declaração.

Daniel Coelho, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Ceará (Sescap-CE) recomenda que o contribuinte abra uma pasta no início de cada ano e comece a arquivar toda a documentação com as declarações anuais das fontes pagadoras. “Vai facilitar a vida dele. Tem muito caso que o contribuinte se esquece da fonte, principalmente de rendimentos, aí a Receita coloca na malha fina”, adverte.

É comum também detectar incoerência de informações quando o prestador de serviço declara uma despesa e o contribuinte tomador do serviço declara diferente. Outra situação que pode acontecer são erros na digitação ou informações incompletas que levam também à malha final.

Para evitar falhas e ter uma assessoria especializada, Daniel aconselha procurar um contador com antecedência, informando-se sobre quem deve declarar, quais despesas são dedutíveis e quem pode ser dependente. “Anualmente essas perguntas se repetem”, conta. Sobre o valor cobrado pelo serviço, Daniel diz que é um acordo entre cliente e profissional, não havendo tabela de preços.

Nos meses de março e abril deste ano, período da DIRPF 2018, o presidente Sescap-CE espera o aumento de 70% na demanda de serviços dos escritórios de contabilidade, comparado ao movimento médio dos demais meses. A maioria dos clientes são pessoas físicas procurando assessoria no IR.

A DIRPF pode ser elaborada de três formas: via computador, por meio do Programa Gerador da Declaração (PGD) IRPF2018, que está disponível para baixar no site da Receita Federal; pelos dispositivos móveis, como tablets e smartphones, acessando o aplicativo “Meu Imposto de Renda”, disponível para sistema Android e iOS; ou diretamente na página da Receita Federal, acessando o serviço “Meu Imposto de Renda”, disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC), e que requer o uso do certificado digital.

Sobre o certificado digital, o vice-presidente da Certisign, Julio Cosentino, acrescenta que, hoje, existem mais de dois mil serviços que podem ser executados por meio do Certificado Digital. Entre eles, está a possibilidade de assinar documentos sem papel e sem caneta e solicitar a CNH Digital por meio da internet. “Vale dizer que o investimento não é alto. Por menos de R$ 1 por dia é possível ter um”, afirma.

Última hora

Para o servidor público Edson Martins, 67, o período da entrega da DIRPF é sempre um momento de “fortes emoções”. Embora nunca tenha pagado multa, sempre envia o documento para a Receita no último minuto. Quem ajuda na tarefa são as amigas de trabalho, que começam cedo a pressionar Edson pelas informações. “Quando o prazo está perto de expirar, aí corro atrás dos documentos”. Edson reconhece que as amigas o têm ajudado nessa “experiência anual”. “Não sou muito lembrado, mas estou melhorando”.

 

Organização

Há 36 anos, Marcia Ximenes, 58, faz a própria DIRPF. Começou preenchendo à mão, depois com máquina de escrever, em seguida, disquete, pendrive, e, por último, faz o processo online, que é “mil vezes melhor”, avalia. A servidora pública conta com organização, separando em um envelope plástico todos os documentos que irá precisar. Próximo ao mês de março, Marcia busca as declarações. “Quando o sistema permite, já vou preenchendo e procuro entregar nos primeiros dias”.

 

JOGUE A SEU FAVOR

COMO NÃO CAIR NA MALHA FINA

Adquirir o hábito de guardar documentação que vai impactar na declaração, como os comprovantes anuais de rendimento das diversas fontes de pagamento, das despesas como educação e saúde, além de contratos de compra e venda de bens.

Não incluir na declaração dependente do qual não se tenha guarda, pois a legislação do IR não reconhece como dependente.

É preciso informar tudo o que for referente ao dependente na declaração, inclusive rendimentos, caso este receba pensão, salário, pagamento de aluguel.

Na declaração de patrimônio, o valor a declarar é o custo de aquisição e não o valor de mercado do bem.

Despesas com membros da família, como planos de saúde, consultas e exames devem constar na declaração de quem fez o pagamento. Exceto no caso de dependentes, cuja dedução vai para o declarante, mesmo que a despesa seja paga por outra pessoa.

Nas compras financiadas de bens, a declaração é feita sobre o valor já pago e não inclui a dívida restante. Declare valor pago só até aquela data, atualizando na próxima declaração as parcelas quitadas posteriormente.

Após envio da declaração, acompanhar o status no sistema. Se constar “com pendência”, o contribuinte terá que retificar a divergência. Se estiver como “processada” significa que não está na malha fina.


Herdeiros e sócios

O patrimônio familiar começa a ser construído com a fundação da empresa ou no desenvolvimento de uma carreira profissional. Manter e expandir o patrimônio é responsabilidade da família. Um dia esse patrimônio será dos herdeiros. Educar as gerações é fundamental para que herdeiros sejam sucessores. Irmãos, primos e amigos um dia serão sócios. A sociedade é como um casamento, no qual as pessoas se unem por uma causa comum. Esse vínculo traz compromissos e responsabilidades, mas esse elo existente pode ser mais ou menos saudável. Vai depender do vínculo entre cada um dos integrantes. O herdeiro é aquele que reconhece o patrimônio construído com esforço pelos seus antepassados e sabe da sua responsabilidade de zelar por ele. No entanto, pode ser que um dos herdeiros não tenha interesse em perpetuar um bem, preferindo receber de outra forma. Na sequência, o sócio é aquele que consegue estabelecer vínculo de atuação com comprometimento, envolvimento, responsabilidade e autonomia para opinar e se posicionar. Ao mesmo tempo, procura ter opinião independente para fazer as cobranças, quando necessárias. E, por último, o sucessor é aquele que tem postura proativa e conquista o seu lugar por mérito e competência. Além disso, é preciso que seja um mediador e guardião dos valores familiares e que aproxime das diferentes gerações com habilidade. Consciente do seu papel, o maior desafio do sucessor é preparar as novas gerações para dar continuidade ao legado. Para se tornar um bom herdeiro é necessário desenvolver vinculações entre as partes, buscando capacitações que ajudem na compreensão do papel de cada um na tomada de decisões e proporcionando ambiente saudável e equilibrado. Não esquecendo, que é essencial a preparação dos herdeiros para atuarem em outras carreiras escolhidas por eles, de modo a preservar o sucesso do patrimônio familiar no longo prazo.